Faça você mesmo

Muitas coisas é você mesmo que faz aqui na Europa.
É você que enche o tanque do carro e depois vai no caixa pra pagar. Assim o posto de gasolina só paga o salário de um funcionário. Num supermercado, é você que coloca o filme de fotos num envelope, escreve que formato de fotos quer, coloca o envelope num certo lugar e volta dois dias depois pra buscar as fotos reveladas. No correio te dão uma cartela de selos, te mostram a caixa de cartas e você se vira pra saber quantos selos vão em cada carta. No copyshop você vai lá na máquina de xerox, faz um monte de cópias e depois diz pra moça no caixa quantas cópias você fez e ela vai acreditar em você. Confiança é tudo. Eu, por exemplo, só paguei a cópia que ficou boa. As outras eu deixei lá e não mencionei as tentativas fracassadas.
Tem um monte de máquinas espalhadas pelo mundo, que igualmente dispensam um ser humano que receba salário pra realizar serviços menos nobres. Assim como o caixa eletrônico ou a máquina de refrigerantes, ou as máquinas que vendem livros nos metrôs paulistas, tem máquinas que vendem cigarros, camisinhas, tickets de estacionamento ou de trem.
Na biblioteca, é você mesmo que faz o empréstimo dos livros, numa máquina que eu ainda não estudei.
Quando a máquina apresentar defeito, alguém escreve KAPOT num papel e o cola perto do local onde se insere as moedas. Pronto.