Ainda não vi todo mundo.
Quando eu tava descobrindo as coisas na cozinha, Alexis passou por mim, olhou desconfiado. Estiquei a mão. Oi, eu moro aqui. Ah, é? Por quanto tempo? Menos que um ano. OK.
Quando fiz o meu macarrão com molho altamente picante, Pegah, a sueca que parece árabe, tava conversando com a amiga dela sobre homens. Nossa, que saco!!! I feel so insecure... I like him, but I don´t want a relationship ... I miss home... credo!!!! Não deram muita bola pra mim.
Chegou Nicolas, francês, que estuda urbanismo, contando de um jogo em que não tinha mulheres, só cueca.
De noite desci pra jantar o que eu ainda tinha de comestível: amendoim. Boti, romeno, que estuda inteligência artificial, tava ocupado com as roupas dele. Oi. Você mora aqui? Sim. Por quanto tempo? Menos de um ano. Ah, sim. A gente se vê.
Nas escadas, cruzei com Stephany, francesa que está indo pro México em fevereiro. Queria saber que língua se fala no Brasil. Não, não é espanhol... Ah, tá...
A língua usada por todos é inglês, e rolam os recados anotados num bloco de que fica na mesa da cozinha, chamando pra comer, pedindo ajuda pra empurrar o carro, se ele não pegar e essas coisas.
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2 comentários:
Lou, estou me sentindo aí... Os seus relatos tão muito legais!
Oba! Agradeço o elogio!!! Espero ter fotos pra mostrar em breve. Enchi mais um filme de 24, que ainda precisa ser revelado, avaliado e coisa e tal, enquanto a câmera digital não chega pelo correio.
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