segunda-feira, abril 23, 2007

Os caminhos

Caminhantes podem escolher algumas trilhas sinalizadas e recomendadas pelo parque. As trilhas são bem sinalizadas, com esses totens. Mesmo quando não há os totens, há indicações da trilha, como nesse caso, em que puseram a marcação no portão. Maravilha! Plaquinhas redondas indicam trilhas circulares, plaquinhas retangulares indicam que a trilha vai de A a B. Pena que eu só me liguei nisso um minuto atrás...
O problema que eu enfrentei foi a discrepância entre o meu mapa e as trilhas. O meu mapa tava na cozinha lá de casa, com o nome do Marco, morador que saiu antes de eu entrar na casa. As cores das trilhas eram diferentes no mapa e nas plaquinhas. Tudo bem, é só uma questão de interpretação. Não achei que eles fossem mudar os caminhos. Mudaram as plaquetas de sinalização dos caminhos. Assim, os caminhos pra cavalos no mapa viraram trilhas pra caminhantes no parque. Caminhos que não eram sinalizados como trilhas no mapa receberam plaquinhas e viraram trilhas na realidade. As duas principais ciclorotas não mudaram, mas estão mal desenhadas no mapa: na realidade há muito mais curvas de asfalto que a linha reta no mapa ignora.
Bom. Eu entrei pela entrada oeste, achando que ia sair por lá. Atravessei o parque e cheguei na entrada sul, cogitando a possibilidade de caminhar os 6km até Arnhem. Desisti de sair pela saída sul porque ainda era cedo. Resolvi fazer uma trilha circular, pegar uma bike branca e pedalar até o portão pelo qual entrei. Mudei de trilha. Escolhi uma trilha de plaquinha retangular. Perdi a orientação. Atravessei estepes, calculei o consumo de água, parei de ouvir a barriga faminta. A ciclovia que aparecia e sumia era o meu ponto de orientação, mas ela tava do lado errado... Vi uma antena de TV e a esperança voltou a me visitar: aquilo é Arnhem, tá tudo certo. Cruzei a ciclovia que se bifurcava. Opa! Não era pra ciclovia se bifurcar! Caraca! Atravessei o parque de sul a leste - sem saber!!!! Desconfiei que tava demorando pra chegar, mas eu ainda esperava chegar no portão sul, não no portão leste. E aquela coisa de se orientar pelo sol... hm... ele nasce a leste ou era oeste? Não importa, tem uma antena de TV ali na frente.
Saí por Hoenderloo mesmo, peguei um ônibus pra Appeldorn, conforme indicado pelo moço da portaria. Em Appeldorn perdi o trem pra Zupthen, porque eu não sabia que eu tinha que pegar um trem pra Zutphen. O moço no quiosque me disse que não há trens diretos pra Arnhem. Esperei meia hora pelo trem regional. Não tinha controlador no trem. O maquinista parava o trem, abria a porta, saía do trem, olhava as portas, apitava, checava, entrava de volta no trem, fechava a portinha dele, sentava e botava o trem em movimento. Entrando em Zutphen, vi o trem pra Nijmegen saindo. Maldito maquinista que faz tudo sozinho e assim demora mais tempo pra chegar! Esperei mais meia hora em Zutphen, depois vim com um Intercity pra Nijmegen. Cheguei em casa pouco antes das 23:00, suja e faminta.

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