Voltei da feira hoje de manhã (pois é, nem fui no congresso... o dia tava tão convidativo pruma caminhada até o centro de Nijmegen...) e vi Kaleem e um seu amigo trabalhando numa bicicleta. Tinham virado ela do contrário, colocado o selim e guidão no chão, e tavam tentando girar a roda de trás. As mãos dos dois estavam muito sujas, e tinham cara de cansados, de muito esforço físico. Perguntei se eu podia ajudar.
Surpresos, olharam pra mim.
Expliquei que eu sei muito mais de bicicleta do que eles imaginam. No, no, we don´t need help. Disseram que precisavam alinhar a roda traseira. Realmente, parecia um ovo. Puxa, deve ter mais de um raio estourado. Já fui conferir os raios, alguns tavam soltos, mas nenhum estava quebrado. Larguei as compras na cozinha, subi no meu quarto e voltei com uma chave de raio, pra ajustar os raios frouxos. Admirados, perceberam que eu realmente sei mais de bicicleta que eles imaginavam.
Mas não consegui resolver o problema, porque o aro todo tava entortado. Perguntei se ela tinha sofrido algum acidente, e o amigo do Kaleem contou que ela lhe havia sido roubada, e que quando ele tava a caminho da polícia, pra fazer ocorrência, achou a bike na rua. Meio tortinha.
Soltamos o freio de trás, pra roda pelo menos girar, e agora o freio de pé, (contra-pedal) vai entrar em ação.
Agradeceram a minha ajuda mais de duas vezes, com ares tímidos. Suspeito que as mulheres paquistanesas não saibam, nem de longe, diagnosticar um problema numa bizcréta.
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