Ontem cheguei em casa depois da minha longa caminhada pela floresta pelada de Berg en Dal e notei que só havia uma luva no bolso do jaco. Hm... Essas coisas geralmente vêm de dois. Então cadê a outra luva? Devo tê-la perdido no mato.
Hoje fez um sol bonito de se ver, um céu azul daqueles que ri da tua cara, se você decidir se sentar na frente de um computador numa sala sem janela. Era preiso aproveitar o dia e trabalhar de noite. Decidi pedalar hoje. Até a floresta em que provavelmente perdi a minha luva.
Prendi a bike e entrei na trilha, olhando atentamente para o chão de lama preta e folhas secas. Percebi que tarefa absurda era essa, de querer achar um objeto tão pequeno - e preto! em algum lugar desconhecido, no meio do mato. Se a luva fosse vermelha ou amarela-neon, vá lá, mas era preta. Não imaginei que alguém a tivesse levado para casa, porque - o que se faz com uma luva? É preciso ter duas na mão, pra que haja interesse no objeto. Refiz toda a trilha do dia anterior, com os olhos arregalados e mãos espalmadas.
Eis que vejo, à altura dos olhos, uma luva pendurada num galho de arbusto. Alguém recolheu uma luva preta e a pendurou num galho. Era ela, eu tive certeza. Segurei-a na mão e percebi que estava úmida e fria. Era da mão direita. Então quer dizer que a outra, que tinha ficado no bolso, era da mão esquerda. Puxa, esqueci de reparar nisso! Olhei dentro da luva, pra ver se tinha etiqueta, se encontrava alguma coisa escrita, como por exemplo "Made in Brazil" ou "Lembrança de Gramado". Achei uma etiqueta com um G escrito em cima. G de Grande, não L de Large. É ela, a perdida que alguém achou pra mim, e dispôs no varal, pra que eu a achasse.
Cheguei em casa e contei pro Nico (ex-morador que voltou a morar com a gente. O bom filho à casa torna!!!) que encontrei a luva perdida. Onde tava? No mato. Você foi até lá? Sim. Quanto custou essa luva??? Heheh. Não expliquei que tinha essa coisa de sol e céu azul. Não sei se ele entenderia.
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