Nos conhecemos na USP, no primeiro ano de graduação. 1996.
Ele só fez Lingüística por um ano e meio e se foi pra Alemanha. Decidiu que tocar violão em esquinas de Berlin, Heidelberg ou Stuttgart não era um bom projeto de vida e se foi pra Espanha, pra aprender violão flamenco. Acabou se juntando a uma galera que ocupa casas. Casas abandonadas, condenadas, vazias de gente e sem água corrente ou energia elétrica, com um monte de entulho dentro. Viveu por um ano e meio em "casas ocupa". Morar numa casa assim implica em contar os dias pra demolição no calendário.
Liguei pro Esteves, ele disse que era pra eu ir logo pra Barça, antes que derrubassem a casa. Comprei passagem.
As coisas lá na Espanha haviam mudado de figura nesse meio-tempo. 5 semanas atrás ele decidiu que aquilo não era vida. Rapou a cabeça e conseguiu um trampo num escritório em que prometeram arranjar os papel pra ele legalizar a sua situação. Tava morando um dia na casa de um, outro dia na casa de outra. De repente, com a minha vinda, era preciso arranjar una habitación. Conseguiu.
3 comentários:
IGLOU... Tive um amigo com este nome Marcos Esteves.. Não se é ele pois lá se vão 22 anos.Soube que ele tinha ido para a Alemanha [casou-se com uma Germanica] nunca mais soube do camarada. Será que é ele? Se for ele deve lembrar do Colégio que estudamos na no Jardim São Luiz com os colegas Álvaro, Mauro Rocha eu e o irmão dele..
Aposto que temos um Esteves em comum!
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