

Christine ficou super feliz em me ver, eu igualmente fiquei feliz por finalmente chegar ao meu destino. Conversamos por 3 horas, ela achou tudo interessante, teve inveja (das boas, claro) dos telegramas que recebi, gostou do que ouviu sobre o CCA, o Centro de Convivência de Afásicos da Unicamp e perguntou o que podemos fazer juntas.
Provavelmente vamos escrever um artigo sobre estratégias secundárias de adaptação. Caraca!!! Quando o Renato me contava de lugares que ele foi visitar com o Ilari e Ataliba, ou quando ele ia falar de eventos numa universidade (Curitiba?), e falava de como é legal ser levado a sério enquanto pesquisador, eu não sabia do que ele tava falando. Eu entendia, acompanhava a história, mas não tinha experienciado isso, de alguém elogiar tanto o teu trabalho, fazer tantas perguntas interessantes e chamar pra tentar publicar alguma coisa em conjunto.
Uma coisa eu achei engraçada: ela me contou da teoria que ela usa, Lingüística Cogitiva, e perguntou qual é a minha praia. Respondi que eu não era gerativista, que eu não leio os artigos dos chomskianos, porque eu simplesmente não entendo/ acompanho o vocabulário deles. Pra dar um exemplo, eu disse que a discussão se uma preposição era um complementizador e passou a ser outra coisa não me interessa, porque eu não sei que catzo é um complementizador. Ela olhou pra baixo. Puxa, sempre tive vergonha de não saber o que é um complementizador, e agora vem você diz isso, na lata. Pra ela, isso foi um alívio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário