quinta-feira, dezembro 07, 2006

Vrije Universiteit

Quase esqueci que a minha ida a Amsterdam tinha um motivo que não era turismo. Kolk, o meu orientador, gosta de me apresentar a outros orientandos. Christine mora e trabalha em Amsterdam. Maravilha! Ela estuda estratégias secundárias de adaptação. Um dia eu quis mostrar a ele os meus dados de OJ fazendo e respondendo as próprias perguntas. Quis interpretar os dados, mas ele disse que aquilo tudo eu deveria discutir com a Christine. Fine. Vou pra Amsterdam semana que vem.


Caminhei do Hortus Botanicus até a VU. Atravessei a cidade que estava no meu mapa. Pra variar, a VU não estava no mapa pra turistas, mas o cara do Hostel tinha me dado um mapa em que ela constava.

Christine ficou super feliz em me ver, eu igualmente fiquei feliz por finalmente chegar ao meu destino. Conversamos por 3 horas, ela achou tudo interessante, teve inveja (das boas, claro) dos telegramas que recebi, gostou do que ouviu sobre o CCA, o Centro de Convivência de Afásicos da Unicamp e perguntou o que podemos fazer juntas.
Provavelmente vamos escrever um artigo sobre estratégias secundárias de adaptação. Caraca!!! Quando o Renato me contava de lugares que ele foi visitar com o Ilari e Ataliba, ou quando ele ia falar de eventos numa universidade (Curitiba?), e falava de como é legal ser levado a sério enquanto pesquisador, eu não sabia do que ele tava falando. Eu entendia, acompanhava a história, mas não tinha experienciado isso, de alguém elogiar tanto o teu trabalho, fazer tantas perguntas interessantes e chamar pra tentar publicar alguma coisa em conjunto.

Uma coisa eu achei engraçada: ela me contou da teoria que ela usa, Lingüística Cogitiva, e perguntou qual é a minha praia. Respondi que eu não era gerativista, que eu não leio os artigos dos chomskianos, porque eu simplesmente não entendo/ acompanho o vocabulário deles. Pra dar um exemplo, eu disse que a discussão se uma preposição era um complementizador e passou a ser outra coisa não me interessa, porque eu não sei que catzo é um complementizador. Ela olhou pra baixo. Puxa, sempre tive vergonha de não saber o que é um complementizador, e agora vem você diz isso, na lata. Pra ela, isso foi um alívio.

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