segunda-feira, dezembro 04, 2006

Voltando pra Nijmegen

Garmin me deu carona de volta. Engraçado, que nós temos uma amizade quase que forçada, baseada no bom-senso: se eu vou mesmo passar 3 horas dentro de um carro com essa pessoa desconhecida, é melhor fazer sala, ser gentil, conversar, contar causos e falar dos filmes que viu recentemente, dos fatos marcantes em casa e na casa dos pais.
Não sei se eu me interessaria pela Garmin, se a visse em outras circunstâncias, mas fato é que nos damos bem.

Ela me ensina um pouco de holandês e eu conto pra ela de como foi na catedral de Aachen, porque ela curte prédios grandes e antigos. Pronto, ela já sabe pra onde ir no próximo fim-de-semana, eu já sei qual é a diferença entre fris (fresco) e vers (fresco).

Autobahn. Chuva. Céu cinza. Caminhões do lado direto, a outra pista para os carros de passeio. Passeio com velocidade irrestrita na Alemanha, 80 por hora pouco antes da divisa, depois 120 na Holanda. Chuva forte. Obras no outro lado da estrada. Interditado, retorno, desvio. Homens e máquinas na pista. Sorte que estamos deste lado da estrada. Deste lado. Caminhões a rodo. E eu achando que o transporte de bens, produtos, era feito por trilhos, porque é mais econômico e ecológico. Que nada. Um caminhão atrás do outro. Um caminhão querendo ultrapassar o outro. Leio, na traseira da carga de um caminhão:

Enquanto não for possível mandar maçãs por e-mail, nós teremos que continuar dividindo a estrada.

Pronto, uma risada quebra o silêncio e voltamos a conversar sobre transporte de cargas, Autobahn, diferenças na paisagem alemã e holandesa...

Nenhum comentário: