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Relato de experiências de uma brasileira pedalando na Holanda-Alemanha.
As fotos não são do nosso passeio, porque eu mosquei naquele dia. Enfim. Mamãe e pequena Lou seguiram por dentro, passando pelos campos de repôio, raps e outras coisas que já não estão mais na terra, porque é inverno!
Minha mãe reclamava muito, tava lenta nas descidas e presenciou um milagre quando subiu na bike depois que eu enchi o pneu dela num posto de gasolina. Chegamos à estação de trem e ela perguntou se não seria melhor a gente ligar pro pai, pra ele buscar a gente de carro. O meu sorriso deve ter sido interpretado como um desafio. Entramos na estação de trem e descobrimos que a locadora não ficava mais lá. Era preciso atravessar Bassum e achar a Bremer Strasse. Essa foi a primeira vez na vida da minha mãe que ela pedalou numa cidade. Pode? Pois é!
Escolhemos 3 filmes e ponderamos novamente se devemos pedir arrego e ligar pro pai vir buscar a gente de carro. Nada disso, nessa bicicréta tem farol, a gente vai ligar essa luz e vai voltar pra casa pedalando.
Pois é, uma simples ida à locadora demorou o dia todo. As pernas da minha mãe sofreram muito mais que os meus joelhos, mas no dia seguinte as duas tavam como novas.
E como farei ginástica! Farei longos passeios pelos campos com a minha mãe
Andarei de bicicleta contra o vento; e quando estiver cansada,
deito no sofá e peço pra lerem pra mim.
Eu achei que o moço tava me oferecendo uma sacola. Por isso eu tinha respondido que não. Eu tenho mochila pra todas as coisas adquiridas na rua. O moço fez cara de que não entendeu. Eu percebi que eu precisava articular algo mais elaborado que um sorriso. Tentei falar holandês, mas saiu muito alemão: kein Tasch.
Grande pequena Lou! Aplicando a teoria! (Estou estudando justamente frases elípticas e ali, na hora, produzi uma, sem as marcas de concordância ou gênero.) Maravilha! E isso não é um sinal de que estou ficando afásica!!!
O moço sorriu, disse "OK" e "Tschüss" e isso é alemão. Os holandeses se despedem com "dui", "dag", "tot ziens" ou "bye".