sexta-feira, maio 25, 2007

Sarre

Jonas e eu tínhamos um mapa de caminhos para pessoas que vão a pé. Havia alguns caminhos fora de Aosta, e escolhemos seguir em direção oeste, olhando praquela montanha que pode ser o Monte Bianco. Nosso destino não era uma cidade, mas os caminhos pintados na cor vermelha no nosso mapa.
O problema é que nem todos os caminhos estavam no mapa, e que o mapa mostrava os caminhos em que pedestres podem transitar: trilhas, calçadas de ruas e ruas sem calçada. Demoramos muito pra sacar o mapa e a escala, e toda vez que pedíamos informação, não perguntávamos como faz pra chegar em X, mas perguntávamos onde estávamos. O pior é que as pessoas respondiam: Sarre, e eram incapazes de apontar a localização precisa da rua em Sarre no nosso super mapa.
Sarre é tipo um bairro de Aosta. Bem mais rural que Aosta, como veremos. Não sei que espécie de animal é essa. Os cornos parecem ser de ibex, mas o resto do animal mais se parece com uma cabra.
É época de trigo estar assim. Os campos de trigo estão cheios de papoulas, uma festa de cores!
Figos verdes num jardim de uma casa qualquer num bairro perdido entre as montanhas.
Jonas teve que agüentar o meu mau-humor por não saber onde estou, e por não saber como dizer a ele que eu preferia que ele caminhasse ou na minha frente ou atrás de mim nas ruas sem calçada ou nas trilhas estreitas. Ele sempre andava do meu lado, não sei se por educação ou por formação mais igualitária. Eu tava preocupada com os carros passando e com a largura do caminho...
As uvas em todas as videiras estão assim. Não deu pra roubar uva dessa vez...
Telhados de pedra nas casas de pedra. Os ventos devem ser fortes no Valle d´Aosta.
Nossas sombras cansadas de errar pelas ruas em curva.
Deu pra roubar um monte de cereja, êh maravilha!!!!
Os trilhos do trem eram o nosso ponto de orientação, e nos movimentamos em sua direção. Mas a trilha acabava neles. Ôh, droga. Na altura da passarela havia uma passagem, então caminhamos até lá a passos largos, com as orelhas em pé, à escuta de eventuais trens.

Eita vida simples e pacata em Sarre!
Boa tarde, dona vaca! Você pelo menos sabe onde está. Eu não.
Castelo de Sarre. Era semana da cultura, o que significa que um monte de museus e afins estava dando entrada gratuita. Entramos de grátis e nos ofereceram uma visita guiada. Acetei no ato. O homem falou em italiano e eu entendi tudo, menos uma piada política sobre algum regente da Itália. Jonas prestou muita atenção, tenso, mas não entendeu tudo.
Reparem na cor da água desse rio. É um verde acinzentado, muito esquisito.

Nenhum comentário: