Peguei o trem seguinte pra Firenze, com medo de topar com o Claudio. Mas ele não tava lá. Pelo menos eu não vi, naquelas multidões de turistas desorientados. Fui seguindo pelas ruas, sem saber o que há pra se ver em Firenze. É a cidade que mais tem coisas do Michelangelo Buonarroti, mas eu não sabia onde estavam as suas esculturas ou afrescos. Perguntei no escritório de informações turísticas onde fica o Davi e me indicaram a Galleria dell´Accademia, a duas quadras. Fila pra entrar. Tirei o agasalho, botei os óculos, pro Claudio não me achar fácil, se passasse por aquela fila de turistas.
É tudo o mesmo prédio monumental, mas não sei o que é. Tá com cara de duomo, mas pode não ser. Quando eu tava pensando em desistir da fila que não andava, ela se movimentou e todos na minha frente entraram, menos eu. A fita que pára a fila foi esticada barrando a minha passagem. O controlador do fluxo da fila foi embora, eu fiquei com cara de criança que teve o pirulito roubado da mão, e o inglês atrás de mim disse que ninguém ia se ligar se eu passasse por baixo da fita e entrasse no museu. Ótima idéia.
Como ainda era "Semana da Cultura", não me cobraram os 6,50 da entrada. Vi uma exposição de arte sacra em que nenhum rosto tem qualquer expressão, as cores são douradas e essa coisa chamada perspectiva ainda não foi introduzida na pintura. Vi uma outra exposição de instrumentos musicais altamente complicados. E vi Davi. Perdi a noção do tempo, olhando pra ele. Puxa, que obra prima! Satisfeita, voltei pra estação ao meio-dia.Filas de turistas na bilheteria, porque eles não sabem comprar bilhete na máquina. Bom, pra facilitar as coisas, muitas máquinas tavam em manutenção...
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