Erin, a americana que Jonas e eu conhecemos em Grenoble no albergue, e que se juntou a nós pra jantar, e que sacou da bolsa o gel que mata 99,99% dos germes, tem um emprego diferente. Não sei que adjetivo usar, porque ainda não sei o que pensar sobre empregos desse tipo, ou sobre o fato de empregos assim existirem. Erin é house-sitter.
A gente entende o que é um(a) baby-sitter, talvez até dog-sitter, mas house-sitter... É o seguinte: se alguém tem muito dinheiro e pode se dar o luxo de ficar viajando por aí por mais de uma semana, mas não arranjou ninguém do círculo familiar ou de amizades que possa regar as plantas ou alimentar os cachorros, esse alguém com muito dinheiro contrata pessoas como a Erin. Achar a Erin não é fácil, porque uma pessoa de confiança não se anuncia nos jornais. Pra encontrar profissionais como a Erin, é preciso ter amigos, colegas ou conhecidos que já tenham feito uso dos serviços de profissionais como ela, e que possam indicar esses prestadores de serviço.
Erin disse que este é um emprego que está sendo reconhecido, e talvez até mesmo seja regularizado um dia, assim como o trabalho de uma faxineira ou baby-sitter. Se a pessoa viaja por um mês, Erin mora na casa dessa pessoa por um mês. Cuida das plantas e animais, recolhe o jornal e correspondência em geral, talvez até atenda o telefone pra dizer que a galera se foi prum lugar em que há mais sol.
Ela contou que tem muitos clientes e quase brigou com o último, porque ele ia viajar, queria que ela cuidasse da casa dele, mas ela tava querendo viajar ela mesma. Segundo ela, desde que a clientela aumentou, ela tem passado pouco tempo na própria casa, e só vai lá pra regar as plantas e alimentar os cachorros.
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