sábado, fevereiro 24, 2007

Wicklow

No segundo dia, percebemos que tínhamos visto todos os pontos turísticos de Dublin em um passeio pela cidade. Todos, não. Não entramos em pubs, nem fomos à fábrica da Guiness. Como cerveja me interessa muito pouco e eu queria ver a paisagem irlandesa, Christian e eu concordamos em pegar um ônibus pra Wicklow.

Wicklow fica a uma hora e meia de Dublin, e no domingo só é servido por dois ônibus: um que chega por volta das 13:00 e outro que parte às 17:40. Tem a parte das ruínas, do santuário e cemitério, e tem a parte das caminhadas.
Preferimos não fazer a caminhada de 4 horas, e escolhemos a de 2. Depois de uma hora de caminhada, percebemos que o cálculo do tempo não se aplicava a nós e nosso passo de gazela. Aproveitamos pra entrar em várias trilhas.
Eu estava com o mapa e fui nomeada a navegadora. Grande coisa ser navegadora e não olhar nem no mapa, nem prestar atenção nas bifurcações do caminho. A conversa fluía, que era uma maravilha, e acabamos percorrendo trechos de todas as 7 trilhas que havia no mapa e desbravando uma outra que não estava no mapa.
Temos tempo? Sim, temos uma hora pro ônibus sair. Ah, então vamos subir essa montanha aqui e ver a paisagem de cima. Havia veados na montanha. Uau. Pena que são ariscos demais e avessos às lentes das nossas câmeras.

Temos tempo? Não. Corre! O ônibus sai em 10 minutos. Pronto, chegamos na trilha que havíamos abandonado. Pelo mapa, deveríamos ir pra esquerda, mas meu senso de direção gritava que era pra direita que devíamos ir. Ali mais à frente havia crianças cruzando o rio. Entraram no jardim de uma casa, brincando. Pra que lado fica o estacionamento? Direita. Há!Corremos. Christian chegou antes de mim, porque eu não consigo lembrar de respirar quando corro.
O ônibus ainda não tinha chegado e havia uma multidão esperando pra voltar pra Dôblen. Quebrei a cabeça pra entender aquele mapa e cheguei à conclusão de que -mais uma vez- eu estava fora do mapa.

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