Christian chegaria bem mais tarde que eu, então eu tava por conta própria pra achar o hostel e comida. Desci do avião em Dublin, Irlanda. Saí do aeroporto e dei de cara com um ônibus. Eu precisava do 16A, segundo a eficiente pesquisa do Christian. Andei ao longo do ônibus, esperando ver o número na frente do ônibus. Aquela era a traseira do ônibus. Como se entra no ônibus, então? Ah, sim, o trânsito aqui é ao contrário. Muito bem. Achei o ônibus certo, mas não sabia ao certo se a moeda lá eram pounds ou euros. Perguntei pruma senhorinha se eu tinha que pagar diretamente pro motorista. Yes, dear. E são euros ou pounds? Silêncio. A resposta saiu em tom de pergunta: euros. Menos mal, não preciso trocar ou sacar dinheiro.É muito doido esperar por alguém que você mal conhece e se lembra de ter visto uma vez numa festa na sua casa. Uma daquelas festas em que Pequena Lou se atira à cozinha pra suprir os convidados com tapiocas, pizzas ou qualquer outra coisa. Uma daquelas ocasiões em que os rostos desconhecidos são mal registrados.
Mas quando o Christian apareceu na porta do hostel, não tive dúvidas de que a minha espera havia chegado ao fim. Oi, como vai, cê fez Unicamp, bah, Física! ah, que legal... Então, cê programou alguma coisa? Existe algo que você quer ver em Dublin? Nem eu. Então amanhã a gente vê o que faz. Boa noite.
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