terça-feira, fevereiro 27, 2007

Vida social

Hoje era noite de comer com a galera da B.oo.74. Não no esquema cooking club, porque hoje não é (foi) sexta. Seria na casa do Jonas, o moço sorridente abaixo.
Quando cheguei na universidade de tarde, uma hora antes de partirmos para o supermercado, riram da minha aparência de gato pingado. Eu parecia um cachorro molhado. Tadinha, pegou chuva!!! Antes de partirmos para o supermercado, calcularam o tanto de calorias que constavam nas receitas das coisas que íamos cozinhar: quiche de espinafre com brie e amêndoas e outro quiche de brócolis com queijo de cabra e castanhas de caju. O tanto de calorias por pessoa era suficiente pra manter uma pessoa em pé por dois dias. Chegamos no supermercado debaixo de chuva chata, nos dividimos em três times (pra otimizar o tempo dessa parte do processo. Imagina um cluster de 6 pessoas caminhando pelo supermercado, discutindo qualidades e preços...), cada qual com uma receita na mão. Logo que chegamos ao nosso destino, Jeroen sugeriu que todos adotassem a língua inglesa. Por minha causa, porque eu era a única não-holandesa. Hm, eu até tava entendendo algumas coisas do que eles tavam falando...
Como a cozinha na república do Jonas é muito pequena - e estava sendo ocupada por uma das moradoras - começamos a picar e cortar as coisas no quarto do anfitrião, sentados em cadeiras, com pratos no colo. Quem não tem cão... As coordenadas pras coisas mais refinadas nos foram dadas por Isabelle, a moça sorridente acima. Ela estuda inteligência artificial, ondas e padrões de atividade cerebral e outras coisas complicadas.

Mais tarde chegou o Thundercat. Enquanto a comida era preparada na cozinha, Jesse me explicou a pesquisa dele. O que ele tenta entender são as relações entre memória espacial e percepção visual. Quando ele falou em localização, logo pensei nas preposições como itens lingüísticos de descrição do espaço. Mas que nada, ele não é lingüista. Inclusive, não lhe faria mal se alguém lhe apresentasse o conceito de preconceito lingüístico...Isabelle e Crissy. Não conheço a Crissy, mas sei que ela estuda inteligência artificial e mora em Utrecht. Ela foi a primeira a partir, pra pegar o trem das onze.Nan é a menina que mais me acolheu na B.oo.74. Somos orientandas do mesmo gigante, mas ela trabalha numa outra teoria dele que eu. Ela trabalha com monitoramento da fala e imagens de atividade cerebral enquanto se produz linguagem. Nan é muito bonitinha, mais tímida que eu e heel gezellig. Muito agradável. Ela é a pessoa que mais fala holandês comigo e tem orgulho de mim, quando entendo as coisas e dou risada das coisas que falam em holandês.
Este é Jeroen, lavando a louça. O primeiro prato que ele me deu pra secar tava cheio de espuma, então eu o coloquei debaixo da água corrente da pia, pra poder secar um prato sem espuma de detergente. Ele franziu a testa e disse que nas cozinhas holandesas a espuma faz parte da louça lavada. Pode secar. O meu companheiro de secagem, Jesse, nem reparou nos montes de espuma que ele enxugava com a toalha, e Jonas, que usa os pratos, copos e talheres que nós lhe dávamos, não se alarmou com a espuma. Cada qual com seus caracól.

Éramos só nós quatro na cozinha: Jonas, Jeroen, Jesse e eu. As gurias já tinham virado abóbora. Jonas solta uma de que há um estudo comprovando que as mulheres são mais atraídas por homens que têm nomes começados por J. Chamei a atenção dele pro fato de haverem 3 exemplares de homens potencialmente mais atraentes naquela cozinha.

domingo, fevereiro 25, 2007

Sem luz

Pedalar de noite sem luz na Holanda dá multa, se o guarda te pegar. A multa é de 25 euros. Nico já tomou uma multa e teve que pagar 50 euros. Imagino então que cada 25 euros são referentes a uma luz: a da frente e a de trás.
Super bom saber dessas coisas. Aí a gente evita constrangimentos e sai de casa com as luzes à mão. Ontem eu resolvi pedalar apesar da chuva. De noite, porque o meu dia tinha sido curto e pouco produtivo. É, pois é.
Pequena Lou sai de noite, debaixo de chuva, de calça apertada, sapatilha e jaco laranja pra pedalar por uma hora. Chegando em Groesbeek, a 5 km daqui, a luz da frente chiu.... cabô. Já era. Bom, as ruas são iluminadas e eu tô na ciclovia. Será que a luzinha de trás também morreu? SIM!
Atravesso Groesbeek e pego a estrada. Não tem mais ciclovia. Tem placas pros motoristas cuidarem dos ciclistas (fietsers), mas putz, sem a luzinha de trás é difícil motorista me ver. A rua é estreita. Percebo que eles me vêem, sim, mas passam dando farol alto. Especialmente os que vêm na direção contrária. Estes vêm vindo com farol alto, percebem que há algo difuso ali, abaixam o farol, opa! se ligam que é ciclista sem farol e só de raiva dão farol alto na ciclista que precisa continuar vendo o asfalto.
Chego na divisa com a Alemanha, preciso cruzar a rua e entrar na ciclovia. Um carro entrando na Holanda cruza devagar, mas não pára. Eu também vou devagar, mas na defensiva. Preciso desviar do carro, porque o motorista não e viu. Que droga, pedalar sem luzinha, porque ela é um ponto de orientação pra galera!!!
Subo Berg en Dal. Caraca, árvores dos dois lados, escuro, difícil de ver as marcas da ciclovia, epecialmente depois que um carro passou com farol alto. Nunca subi aquele morro tão rápido. E tão ofegante e tão morrendo.
Bom, tava na hora de trocar as pilhas mesmo, (as da lanterna pisca-pisca vermelho ainda eram brasileiras!!!) só não imaginava que fosse justo numa noite em que resolvo pedalar tão longe. Claro que ja recarreguei as pilhas da lanterna da frente e que amanhã vou acordar pensando em pilhas pequenas pra luz traseira.

sábado, fevereiro 24, 2007

Pra não dizer que não vi Glasgow

Ói, que bonitos, os vitrais pouco comuns de se ver, retratando Adão e Eva! Glasgow não foi tão ruim assim: fiquei num hostel labiríntico, conheci um monte de homem, fui ao cinema, comprei CDs baratos com sons que eu tinha me acostumado a ouvir na casa do Christian e comi os famosos fish and chips.
A moça atrás do balcão perguntou alguma coisa e sorriu. Eu sorri de volta, o que foi interpretado como uma resposta afirmativa. Jogou vinagre e sal sobre os meus fish and chips. Not bad.

Manezona

Quarta-feira, dia de partir. Acordamos às 8:00, André me acompanhou até a rodoviária, esperou o Megabus pra Glasgow sair e às 9:35 eu comecei a me movimentar para longe de Aberdeen. 3 horas e meia de viagem depois, me dei conta de que não daria tempo de pegar o avião.
Pelos meus cálculos aflitos, eu teria 0 minutos para fazer o check-in. Em Glasgow, era preciso pegar o X77 para Prestiwick, o outro aeroporto da capital escocesa. Perguntei ao motorista de olhos azuis penetrantes e fixos, quanto tempo levaria até o aeroporto. 50 minutos. Ops, então eu tenho -5 minutos para fazer o check-in.
Mesmo assim, rezei por um milagre. Durante 45 longos minutos eu observei a chuva e as curvas que os braços tatuados do motorista engendravam em velocidade estonteante. Cheguei no aeroporto, demorei a encontrar as coisas, - dei uma de mané - e corri pra moça de uniforme que estava recolhendo as plaquinhas que anunciam o destino do vôo. Perdi o avião. Por 2 minutos. Não tem jeito? Sinto muito. O ônibus atrasou. Você poderia ter pego um ônibus mais cedo. Quê que eu faço? Vá praquela fila.
Era a fila dos desesperados, das reclamações inúteis, dos vôos perdidos. Um espanhol transtornado queria cortar fila e pegar o avião pra Barcelona que decolaria em 10 minutos. Mal sabia ele que a situação dele era mais sem chance que a minha.
O homem atrás do balcão procurou um vôo pra mim, mas não encontrou nada apropriado. Ou Düsseldorf na sexta-feira, ou Frankfurt na quinta de noite (chegando às 23:00) com multa pra mudar a data da passagem, ou Amsterdam na quinta de tarde. Mas Amsterdam era pela Transavia, não Ryanair, então eu teria que comprar passagem pela Internet. E além do mais eu não queria ir pra Alemanha, mas sim to the Netherlands!
Subi as escadas para o cybercafé, pensando que eu era a maior manezona do mundo. Topei com o espanhol, que me ofereceu de ligar pro albergue onde ele tinha passado a noite anterior. Eloy tinha errado de aeroporto. Quando se deu conta do erro, pegou um táxi e pagou 66 pounds pra chegar ao aeroporto de Prestwick. Isso é um pouco mais que eu paguei na minha passagem pra Amsterdam. Durante todo o caminho até o albergue, pensei naqueles australianos em Barcelona, que perderam seu vôo pra Roma, e como eu tinha pensado, um mês atrás: como alguém pode perder o avião? Eloy pensava: como alguém pode errar o aeroporto?
Glasgow não tem muitas atrações turísticas - pelo menos pelo que pude perceber pelo mapa da cidade. Eloy ia ver o jogo do Barcelona contra Liverpool (os catalães perderam) em um pub qualquer. Eu fui até a catedral e depois ao cinema. Vi The Science of Sleep. Bonito. Depois do filme, encalhei na recepção do albergue, pra ouvir as estórias do recepcionista, que na verdade era hóspede pagando pela estadia com o seu trabalho na recepção.
Ainda ouvi os roncos do Eloy, mas não o vi mais de olhos abertos. Dei um abraço no recepcionista que avisou que me dá um toque quando estiver passando pela Holanda e encarei um dia de chuva e espera pela hora de pegar o mesmo X77 com o mesmo motorista furioso e gentil como uma pedra. Hoje eu teria tido 30 segundos de tempo antes do check-in fechar, se houvesse check-in pra Düsseldorf.

Feijão e folhas de louro

Ainda tinha feijão, faltava louro. Compramos um saco com foglia d´alloro, mas desconfiamos do conteúdo, porque não dava pra sentir o cheiro do que estava dentro do plástico. Quando abrimos o saco, as folhas de louro tinham cheiro de cravo. André fez feijão sem panela de pressão e sem folhas de louro (eram folhas de canela, descobri hoje). A cozinha pequena comportou 4 famintos ocupados em exercer diferentes funções: Mané apressando o feijão, Christian apressando o Mané, Paolo comendo pão com queijo apressadamente e eu, cortando e picando coisas que estavam predestinadas pra salada, mas precisavam ser disputadas com o Mané, que queria colocá-las no feijão. Depois da comida, a temperatura e umidade da casa do Christian voltaram ao normal e era hora de jiboiar.


Caminho de volta

No caminho de volta, seguimos pela praia de pedras. Como eu tava com a mochila leve, coletei algumas 7 pedras. Sono giganteschi!
Este não é um monumento antigo, antigão, tipo antes de Cristo. Não. Isto é um monumento em memória dos falecidos entre 1914 e 1918. Mas se integra à paisagem como se fosse tão antigo como o castelo.

O castelo

Escócia sem castelo é que nem Rio Grande do Sul sem churrasco. A longa trilha enlameada e cheia de coelhos e buracos de coelhos nos levou ao castelo de Stonehaven.
Mas a porta de entrada estava trancada a cadeado. Preferimos não escalar as paredes assim, sem equipamento. A vozinha na cabeça avisava que o telefone anunciado na placa era 999. Nada de manobras radicais. Nos contentamos em explorar o buraco no monte. The hole in the hill.
Do outro lado havia mais mar e mais gaivotas e mais trilha e mais praia de pedra.
E aí o sol apareceu por entre as nuvens e deu cores mais alegres às paredes sozinhas da ruína do castelo.

Mané

Mané chegou de Londres por volta do meio-dia (com tolerância de uma hora). Coitado, veio de Londres de ônibus, por uma companhia chamada Megabus. Foram muitas horas de viagem num ônibus que parece mais ônibus local do que aqueles pra longas distâncias, em que pessoas como o Mané, por exemplo, precisam ficar por 8 ou 12 horas. Demos um tempo pro André contar de Londres, comer alguma coisa e respirar um pouco. Aí já caminhamos pra rodoviária, pra pegar um ônibus pra Stonehaven.
Enfim, o mar!!! Trata-se de uma pequena cidadezinha em que as pessoas não entendem que você não entende o sotaque local e repetem tudo o que disseram em volume mais alto. Mas o motorista do ônibus foi gente boa.
Ficamos brincando com essa estória de ligar pra guarda costeira, pra resgatar quem desviasse da trilha, até que ouvimos um tigurf na água e as gaivotas alarmadas. Um tanto de pedra se desprendeu do penhasco e caiu no mar, não é preciso ligar pra guarda costeira.
As cores são impressionantes, o verde parece que tem luz própria e brilha de dentro.
Da trilha enlameada, obvservamos vários coelhos.

Aberdeen

Acordamos às 6, pra pegar o ônibus das 6:30 pro aeroporto. Tava chovendo, ainda estava escuro e o primeiro ônibus do dia não nos levou ao aeroporto. Fomos de táxi. Ansioso, o motorista perguntou se estávamos indo a um lugar legal. Aberdeen. Oh, dear. Pelo tom do homem, deu pra perceber que se a gente tivesse dito Caribe, ele teria corrido mais, só de empolgação.
Aberdeen é cinza: os prédios são todos construídos com o mesmo tipo de pedra cinza, o asfalto é cinza e o céu pesado de nuvens gordas é cinza. Todas as casas - menos a do Christian - têm várias chaminés.
Dei uma volta no parque atrás da universidade de Aberdeen, só pra fugir do cenário cinza e escrever cartões postais.
Em casa, cozinhei pra 4. Paolo, o italiano que namora a Camila, brasileira, se juntaram a nós. 3 físicos e uma lingüista ao som de Jethro Tull.
Camila foi dormir, os restantes da trupe foram a um pub. Sim, Pequena Lou tomou um copão de limonada com gosto de adoçante num pub chamado Blue Lamp. Era segunda-feira, noite de jam-session.
Nem Christian, nem Paolo, que tocam violão, - não ouvi, mas observei que têm as unhas da mão direita mais compridas que as da esquerda - se atreveram a acompanhar David, o cantor doido.

Good-bye, Dublin

Deixamos a cidade que tem o rio cujo nível da água muda drasticamente durante o dia. Talvez seja só um canal que liga o mar ao interior da ilha. Cidade em que o sotaque não é impossível de se entender, mas as vogais são outras, os róticos (R, pros não-foneticistas) são vibrantes e algumas palavras são diferentes.
Cidade em que a primavera se mostrou em várias cores e formas.

Wicklow

No segundo dia, percebemos que tínhamos visto todos os pontos turísticos de Dublin em um passeio pela cidade. Todos, não. Não entramos em pubs, nem fomos à fábrica da Guiness. Como cerveja me interessa muito pouco e eu queria ver a paisagem irlandesa, Christian e eu concordamos em pegar um ônibus pra Wicklow.

Wicklow fica a uma hora e meia de Dublin, e no domingo só é servido por dois ônibus: um que chega por volta das 13:00 e outro que parte às 17:40. Tem a parte das ruínas, do santuário e cemitério, e tem a parte das caminhadas.
Preferimos não fazer a caminhada de 4 horas, e escolhemos a de 2. Depois de uma hora de caminhada, percebemos que o cálculo do tempo não se aplicava a nós e nosso passo de gazela. Aproveitamos pra entrar em várias trilhas.
Eu estava com o mapa e fui nomeada a navegadora. Grande coisa ser navegadora e não olhar nem no mapa, nem prestar atenção nas bifurcações do caminho. A conversa fluía, que era uma maravilha, e acabamos percorrendo trechos de todas as 7 trilhas que havia no mapa e desbravando uma outra que não estava no mapa.
Temos tempo? Sim, temos uma hora pro ônibus sair. Ah, então vamos subir essa montanha aqui e ver a paisagem de cima. Havia veados na montanha. Uau. Pena que são ariscos demais e avessos às lentes das nossas câmeras.

Temos tempo? Não. Corre! O ônibus sai em 10 minutos. Pronto, chegamos na trilha que havíamos abandonado. Pelo mapa, deveríamos ir pra esquerda, mas meu senso de direção gritava que era pra direita que devíamos ir. Ali mais à frente havia crianças cruzando o rio. Entraram no jardim de uma casa, brincando. Pra que lado fica o estacionamento? Direita. Há!Corremos. Christian chegou antes de mim, porque eu não consigo lembrar de respirar quando corro.
O ônibus ainda não tinha chegado e havia uma multidão esperando pra voltar pra Dôblen. Quebrei a cabeça pra entender aquele mapa e cheguei à conclusão de que -mais uma vez- eu estava fora do mapa.

Áreas verdes

Dublin não é uma cidade conhecida por seus parques exuberantes, mas o que ela tem pra oferecer nos agradou num dia de sol.
Stephen´s Green é um parque bem bonitinho, no meio da cidade. Lá acompanhamos um moço exercitando suas habilidades com o Diabolo. Eu filmei um minuto de acrobacias e balé, mas não sei se consigo botar aqui.
Saint Patrick´s Cathedral fica ali perto, mas a praça em volta da catedral mais parece um jardim em Gramado do que um parque em que se senta nos bancos, brinca com crianças e cachorros, traz a farofa, treina malabares ou joga bola.
Trinity College também fica no centro. É a universidade mais antiga da cidade e tem muitos prédios cinzas. Os bancos pra se sentar e olhar a grama verde têm, entalhados no encosto de madeira, o nome de alguém que morreu. Hm...
Castle é ali do lado, e tem atrás de si um pequeno jardim com desenhos que lembram caminhos. Só pra ver, não é pra caminhar.
No mapa tava escrito que ali era o zoológico, mas não chegamos até ele. Christian e eu caminhamos por muito tempo olhando pra uma paisagem assim. Aí, quando desisti definitivamente de ligar pra Christiane, irmã do Renato que está em Dublin, e quando o sol deu cores quentes aos objetos vivos e sem vida, resolvemos voltar para a cidade com seus ônibus duplos fazendo curvas inclinadas, motoristas do lado direito de seus veículos de quatro rodas, turistas espanhóis e restaurantes lotados.

As fachadas


As fachadas dos imóveis meio que seguem um padrão. Não são glamurosos, mas são quase todos parecidos com fachadas de pub.
Claro que há prédios modernos, e que há adaptações. Nosso albergue, por exemplo, foi um dia um colégio tipo internato e igreja. Sim, o refeitório era a parte da igreja, os quartos eram os quartos dos alunos. O vitral atrás do altar foi substiuído e mostra hoje alguns jovens de mochila nas costas e passo leve. Era engraçado ver os cozinheiros (havia quatro lá, um pra servir café ou chá em xícaras e outro pro caso de alguém pedir ovos mexidos com bacon e salsicha e os outros pra fazer companhia) no altar, conversando e rindo.
A foto em que se vê uma porta vermelhona não retrata um pub, mas uma loja de moda. Tá vendo como há um certo padrão nas fachadas?!