"If we touched it with the tip of a finger, it would feel like something between iron and copper.
Se o tocássemos com a ponta dos dedos, a sensação do toque seria algo entre ferro e cobre.
If we took it into our palm, it would burn.
Se o tomássemos na palma da mão, nos queimaria a carne.
If we tasted it, it would be full-bodied, like salted meat.
Se lhe sentíssemos o gosto, ele seria encorpado, como carne salgada.
If we took it between our lips, it would fill our mouths.
Se o puséssemos entre os lábios, nos encheria a boca.
If we smelled it, it´d have the scent of a horse.
Se lhe inalássemos o cheiro, teria o odor de um cavalo.
If it were a flower, it would smell like a daisy, not a red rose."
Se fosse uma flor, teria o cheiro de uma margarida, não de uma rosa vermelha.
(Orhan Pamuk, My name is Red: 227)
Definir cores é uma das tarefas mais complicadas que há. Cores são apreendidas visualmente, e a associação que somos capazes de fazer é da cor com o objeto que carrega a cor, mas não da cor com um som, cheiro, gosto, sensação tátil, ou mesmo com palavras.
Estamos acostumados a apontar para coisas que tenham a cor que queremos definir, (vermelho como um tomate) ou simplesmente apontamos para objetos que tenham a cor em que estamos pensando (vermelho assim, como este tomate).
Conheço um moço que está fazendo experimentos com sujeitos afásicos: ele mostra uma palavra que tem o nome de uma cor escrita em outra cor, como por exemplo: green. Para o sujeito afásico, ler uma palavra assim dá um baita estresse cognitivo. Tá escrito verde, mas tá em amarelo...
Lembro de ter lido sobre um experimento que fizeram com pessoas normais. Deram vinho branco e vinho tinto e vinho branco tingido de tinto. Apesar dos gostos do vinho branco e tinto serem muito distintos, todo mundo que bebeu do vinho branco tingido de tinto, disse que era um ótimo vinho tinto.
Ah, sim, a cor, definida na citação acima, é vermelho.
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