sábado, junho 23, 2007

Oriente

Hayat, que usa a mesma sala de computadores que eu, a B.00.74, que é orientada pelo mesmo holandês gigante que eu, e que é lingüista como eu, me convidou pra jantar na casa dela. Não sei nem escrever o nome das coisas iranianas que eu comi, mas garanto que estavam muito boas. O que mais me impressionou durante a comida foi que, quando eu tinha comido metade do que estava no meu prato, ela pôs mais comida no meu prato. Mas Hayat, ainda nem terminei o prato! Desculpe, estou sendo iraniana, e não posso deixar de colocar comida no seu prato. Quando limpei o meu prato, adivinha o que aconteceu! Lá veio a colherona cheia de comida pra cima do meu prato, e não tem conversa, cê não comeu quase nada! Demorei pra comer mais essa porção, e tive que insistir pra Hayat não encher o meu prato de novo. Desculpe, é o meu modo iraniano de ser.
A surpresa gastronômica mais agradável foi o chá de açafrão. Wikipédia para os momentos de dúvida:

Saffron, Safran, saffraan ou açafrão dá uma coloração amarelada para o chá ou arroz, tem um gosto fraquinho, ressaltado pelo açúcar do chá, e é um dos temperos mais caros por quilo que há.


A flor de açafrão é estéril, e para ser reproduzida, dar mais de uma florada, ela precisa da intervenção do homem. Imagino que este fator influencie o preço da especiaria.

Mas não ficamos comendo e bebendo chá por sete horas. Não, conversamos bastante, e percebo agora que a minha estadia nos Países Baixos me trouxe muito mais conhecimentos sobre o mundo oriental do que eu podia imaginar. Não é só a convivência com Kaleem e Hayat, é também o livro de Orhan Pamuk (cuja estória se passa em Istambul), são as imagens de Mohamed Somji e as estórias vindas de Dubai.

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