quarta-feira, novembro 15, 2006

Conversas com Pegah

Pegah e Kaleem são, creio eu, os moradores mais diferentes de mim.
Um exemplo de como Pegah é diferente de mim é a reclamação que ela soltou na cozinha um dia desses. Disse que estava cansada de ouvir dos amigos que ela tava pálida, que ela tava com cara de doente. Gente, é a minha cara sem maquiagem! Não estou doente, coisa nenhuma.

Essa é Pegah.
Pegah detesta esportes. Bicicleta, então, nem se fala.
Um dia, na universidade, fim de aula, um colega pergutou onde ela morava. Ela queria ser cool e dar a impressão que é nativa daqui, então ela não falou o nome todo da rua. Ela disse Groesbeek, porque ela já tinha ouvido esse nome na boca dos holandeses e achou que era o lance de "meia palavra basta para bons entendedores. " O cara ficou surpreso e contente e disse que também morava em Groesbeek e poderia ensinar um atalho pra Pegah. Opa! Um atalho significaria que ela não precisaria pedalar tanto. Aceitou. Partiram juntos, conversando sempre.
De repente Pegah nota que estão na ciclovia ao lado da estrada, há floresta dos dois lados da estrada e eles estão pedalando há mais tempo que o noecessário pra chegar em casa. Ela avisa ao colega que há algo errado. Não, eu moro em Groesbeek, confia em mim. Ãh... Em que rua você mora? Ela insistiu: Groesbeek. Ele lhe informou que esse era o nome do vilarejo pra onde estavam indo, não de uma rua. Ela confessou: Groesbeekseweg.
Ahá! Ele trouxe ela até em casa às gargalhadas, ela, no entanto, tava sem graça, de tão cansada.

Hoje de manhã o sol tava tão convidativo, que eu vesti as sapatilhas, luvas e pochete com a bomba e fui pra Groesbeek. O passeio é bem legal. Voltei pela Alemanha e demorei um pouco mais de uma hora.
Voltei a me sentir um ser humano! Sério, eu tava começando a me sentir um porco, enfiada em casa e sem movimentar o esqueleto.

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