segunda-feira, novembro 27, 2006

Acabou mais uma novela de banco

Dessa vez era o Banespa.

Tudo começou quando me avisaram que recebi um mês de bolsa indevidamente e precisava devolver a grana. Justo. Eu tinha pedido para suspenderem a bolsa brasileira, já que eu receberia a portuguesa aqui na Holanda. Suspenderam, mas mesmo assim depositaram um mês indevidamente na conta do Banespa.
Só que não dava pra simplesmente transferir a grana pra outra conta Banespa, não, as coisas realmente burocráticas são realmente complicadas.
Era preciso que alguém fosse na secretaria de pós da Unicamp, pegasse uma guia e pagasse o valor da bolsa numa conta do Banco do Brasil. Tá vendo como é complicado e o caminho é tortuoso...
Muito bem, liguei lá em casa, na Oca, pedi ao Ruy que me quebrasse esse galho.
Transferi mais de mil real pra conta Banespa do Ruy, ele foi na secretaria, depois no Banco do Brasil e tudo se resolveu.

Ledo engano. O meu acesso ao Internet homebanking Banespa foi bloqueado. Medida de segurança. Favor contactar o Superlinha.
Liguei no Superlinha. Aquela coisa de digite tal úmero, digite tal número, espere um instante, sua ligação é muito importante para nós. Finalmente falei com uma voz humana, não sintetizada. Ah, alguém da sua agência fez esse bloqueio, você precisa ligar na sua agência.
Liguei no Banespa Barão Geraldo. De novo as longas esperas, aquels vozes que se repetem, te oferecendo seguros e uma vida tranqülia. Mas a sua agência é Unicamp ou Barão? deve ser Unicamp. Ligo lá, longa espera, voz enervada e estressada de mulher histérica me pergunta se é reitoria ou hospital. Reitoria. Converso com um cara que diz que agência não tem nada a ver com Internet homebanking, que isso aí é coisa de Superlinha.

Instalei o Skype, pra não ter que pagar tanto a cada ligação pra agência.

Passei um mês entre Superlinha e agência, conversando com quase todos os atendentes. A telefonista do Banespa Reitoria me reconhece pela voz, e pelo fato de eu pedir pra falar com o Hudson. Hudson já suspirava ao reconhecer a minha voz. Não, ainda não tive nenhuma resposta, não sei por que bloquearam o seu acesso.

Quando liguei no Superlinha pela quarta vez e conversei com a Patrícia Christina, ela me explicou que o meu acesso tinha sido bloqueado por causa daquela transferência pra conta do Ruy. Por motivos de segurança, o Superlinha liga pra agência e pede pra eles me acharem e perguntarem pra mim, por telefone, se fui eu mesma que fiz a transferência. Como eu não estava em casa, mas na Holanda, a agência não pôde me perguntar nada. Pumba! Avisou no Superlinha que eu sumi do mapa e pimba! Cortaram o meu acesso à minha conta.

Uau, hein! Como procedemos? O Hudson precisava mandar uma mensagem por escrito pro Superlinha, dizendo que eu mesma tinha feito aquela transferência no dia 27 de outubro. Mas eu estou aqui, te dizendo que fui eu mesma quem fez a droga da transferência! É o procedimento, senhora Lou. Ótimo. Respirei fundo e liguei pra agência. Sempre a mesma coisa: a telefonista atende, ouve que eu quero falar com o Hudson e me liga com uma Juliana, Camila, Eliane, Adriana. Uma dessas diz que o Hudson tá numa ligação. Eu explico que tô na Holanda e as coisas se agilizam. Expliquei pro Hudson o que ele tinha que fazer.

Incompetente. No dia seguinte, Patrícia Christina me diz que não recebeu nenhuma mensagem do Hudson. Ela me segura na ligação e liga pro Hudson. Volta pra agradecer que eu esteja esperando na linha, e volta a falar com o Hudson. Um perfeito triângulo telefônico! Só que eu fiquei no vácuo, ouvindo o zunido da distância que nos separa. Hudson prometeu escrever pra ela. Que bom! Quando ele escrever, o meu acesso vai ser liberado? Não, é preciso ligar no Superlinha e solicitar o desbloqueio.

Hoje eu liguei no Superlinha e pedi pra falar com a Patrícia Christina. Ninguém com esse nome. Confesso que fiquei branca e verde por um segundo, mas respirei fundo e expliquei a minha deplorável situação. Ah, sim, aguarde só um momento. ... ... ... Prontinho.

O que aprendemos disso tudo: segurança custa caro.
Muitos telefonemas, dinheiro, tempo, paciência e neurônios. Os meus créditos Skype estão quase no fim, a conta de telefone deve ser bimensal, porque ainda não veio, mas deve vir metralhando à queima-roupa a minha conta bancária daqui.

Nenhum comentário: