quinta-feira, setembro 28, 2006

Essa língua

Passo muito bem com inglês deste lado da fronteira e converso em alemão com Jacqueline e Leo em Zyfflich. Mas eu quero aprender nederlands, sem, contudo, me submeter a um curso de língua, que começa com "hallo, ik ben Lou".
Quando a Jacqueline me convidou pra jantar na casa dela, ela me deu dois livros de curso de holandês para estrangeiros (ela ensina isso) e perguntou se até o dia seguinte eu já poderia conversar em holandês com eles na mesa. Hehehe....

O livro não é acompanhado de material em áudio, então ela me deu umas direções básicas:
[ou] tem som de [au]
[u] não tem som de [u], mas de [ü], ou [y], como o dos alemães ou franceses
[oe] tem som de [u]
[ij] tem som de [êi] ou [éi], dependendo do dialeto
[eu] tem som de [ö] dos alemães ou franceses
[ui] tem som de [ééou] e eu me sinto uma palhaça bêbada ao emitir esse som em Huis, por exemplo. -> casa!
Os alemães reclamam dessas vogais, especialmente dos ditongos, que não têm uma escrita transparente: não se lê o que se escreve. Me insiro no grupo dos alemães que estranham os ditongos, mas pra mim algumas consoantes são complicadas: estou com a garganta inflamada, tossindo feito uma tuberculosa (de noite e de manhã), e pra mim a produção do [g] que tem som de [ch] dos alemães, como em Achtung!, por exemplo, significa mais tosse.
Tanto o [r] como o [l] são super retroflexos, e em Den Haag, onde as pessoas são chiques, quanto mais retroflexo, melhor. Engraçado... No Brasil, quanto mais retroflexo for um [r], mais caipira é o sujeito....

Progredi até a lição 2 (de 5) no livro da Jacqueline, mas não lembro de muita coisa. Lazy...

Quantas pessoas existem no mundo, que falam holandês? 25 milhões? Não é muuuuuita gente, mas aqui, na Universidade eu só ouço holandês.

Ontem liguei a Tv pela primeira vez vi um programa de adivinhação. A tarefa era a seguinte: aos competidores era apresentada uma sentença que continha um erro. Uma palavra sempre estava grafada errada, ou num tempo verbal inadequado, ou desajeitada de outra maneira. Aí ganhava quem saberia corrigir aquele erro. Achei o tipo de tarefa bizarro. Uma das sentenças tinha "de linguist" como sujeito. Bisonho. Será que a figura do lingüista é associada ao bem-falar, à linguagem "correta", tipo Pasquale Cipro Neto??

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