O céu tava limpo, o sol brilhando, mas o ar gelado e o vento soprando. Esperei o sol esquentar o ar holandês, vesti as minhas sapatilhas e luvas e parti pra Alemanha. A intenção era comprar pão e fotografar a paisagem rural no caminho. Cheguei na frente do cluster de supermercados e notei que havia poucos carros estacionados no pátio e nenhuma bicicleta presa no paraciclo. Tudo desligado e parado.
Revisei a minha memória à procura de alguma data comemorativa que justificasse a ausência de funcionários e energia elétrica. Nada. Primeiro de novembro é aniversário de uma amiga dos tempos de escola, mas não um feriado nacional. Os outros dois supermercados de Kranenburg também estavam fechados.
De noite descobri, através da minha mãe, que Finados é comemorado pelos católicos no dia primeiro de novembro. Como o sul da Alemanha é predminantemente católico, é natural que seja feriado em Kranenburg.
Bom, pelo menos eu pedalei pra caramba. Na ida eu fica checando as marchas - quantas ainda me restavam, mas eu já estava a mil por hora, na mais pesada. Ué, aqui é tudo plano... O vento tava me empurrando pra frente. Na volta, desiludida, o vento tava me forçando a usar marchas nunca dantes utilizadas naquele trecho. Sinceramente, quando você sobe uma putz ladeira, você vê contra o que está brigando. O vento é como uma mão na testa de uma criança num desenho animado. É difícil se movimentar pra frente, e não se vê de onde vem a resistência....
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