Aix é uma cidade muito antiga, daquelas que eram rodeadas por uma muralha que hoje está em ruínas. Daquelas que têm vielas e não ruas, porque na época dos primeiros habitantes não havia carros, ônibus e essas coisas modernas. Acontece que hoje em dia, a prioridade é sempre dos carros. As bicicletas trafegam junto com os carros, e os pedestres precisam se virar pra desviar dos carros que buzinam. Que contraste com a Holanda!
Tenho a impressão de ter visto mais roupas penduradas em varais do que expostas em vitrines. As pessoas se amontoam num espaço muito pequeno e seus jardins acabam sendo os parques públicos. Botem reparo nas cores das casas: tudo meio cor de areia, tudo meio velho e decadente, caindo aos pedaços, emborcando, como as casas em estilo colonial em Minas.
Não há calçadas propriamente ditas. Tem essas coisinhas aí que separam os carros dos pedestres, mas o espaço é pouco. Reparem que as ruas são levemente rebaixadas no centro. Lembra Paraty. Em Paraty é a maré que leva o lixo que os moradores jogaram pela janela, em Aix é alguém assalariado da Prefeitura que lava as ruas toda manhã com uma mangueira de bombeiro. As ruas são lavadas toda manhã, porque são um verdadeiro campo minado. As pessoas não têm filhos, mas cachorros. Apesar do pouco espaço!!! E os cachorros espalham seus montinhos de cocô pela cidade e na manhã seguinte alguém lava as ruas, gastando litros e litros de água.
O caminhão de lixo é o terror dos pedestres no centro histórico de Aix. Não há espaço pra mais quase nada quando ele passa. E ele passa por volta das 13:00, não de noite.
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