Nos habituamos a ver filmes aos sábados, às 20:00. Vimos o filme húngaro sem diálogos no computador tcheco da Helena, depois um filme indiano no computador do Kaleem, e ontem outro filme indiano no meu laptop. O filme indiano da semana passada se chamava "Guru" e serviu pra dar o gosto de filmes indianos. O de ontem foi um estoura-peito: "Kal ho naa ho".
Pra quem não conhece filmes indianos, putz, fica difícil entender que gênero é esse. Mas vamos lá: imagine uma novela mexicana com atrizes maquiadas e de olhos grandes, soluçando (não são muito boas atrizes, e não sabem encenar um choro, por isso usam o corpo pra dramatizar a cena) e sorrindo uma alegria delirante. Os movimentos são exaltados, as pessoas gritam para expressar apreensão, fazem caretas para demonstrar surpresa, falam rápido e há poucos closes nos momentos em que certas emoções deveriam brotar no ator. É tudo meio exagerado...
As intrigas nos filmes indianos também são parecidas com as das novelas mexicanas: a mãe de família adota a criança bastarda que é fruto da união ilícita do marido com uma sirigaita qualquer, mas não revela que o marido é pai da criança. Ou: o bonitão desiste do grande amor da vida dele e faz de tudo pra ela se apaixonar por outro, porque descobriu que tem câncer e vai morrer. Ou ainda: o herói precisa de grana, casa com a mocinha que tem um bom dote, e quando um se apaixona pelo outro, ela descobre que ele casou com ela pelo dinheiro.
Outra coisa que intriga nos filmes de bollywood é que a cada 20 minutos, mais ou menos, os atores começam a cantar e dançar. Parece um videoclipe no meio da história. Enquanto os atores principais cantam e dançam, os coadjuvantes e figurino e tudo em volta entra na dança, e todos dançam igual, como as paquitas, por exemplo.
Até agora só vi dois filmes da categoria, mas eu arriscaria dizer que todos têm final feliz com uma mensagem tipo "moral da estória" embutida.
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